

VI Congresso Online
Quem ensina e quem aprende PLE
e suas variantes?
6 e 7 de junho de 2025
(sexta e sábado)
via Zoom
Sobre o Congresso
Estamos preparando o VI Congresso On-line de PLE (Português Língua Estrangeira) do Grupo Sou Brasil!
Neste ano de 2025, nosso tema central será Quem aprende e quem ensina PLE e suas variantes?
Teremos 4 mesas, que serão abertas pelos nossos convidados especialistas (keynote speakers). Os temas das mesas são:
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Português acadêmico: formação, pesquisa e extensão voltadas ao ensino de PLE;
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PLE dentro e fora do Brasil;
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Eu aprendo e ensino português (estrangeiros que viraram professores de PLE);
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Eu empreendedor/criador de conteúdo.
Quer apresentar uma pesquisa ou trabalho no VI Congresso On-line de PLE? Veja as regras abaixo e não deixe de fazer sua inscrição!
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A apresentação dos palestrantes inscritos deve durar 15 minutos;
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A apresentação dos palestrantes convidados (keynote speakers) deve durar 30 minutos;
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Abriremos espaço no chat para dúvidas e comentários;
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A pesquisa ou trabalho deve ser 100% autoral. Não deixe de incluir todas as eventuais fontes no PPT de apresentação;
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Daremos preferência às pesquisas e trabalhos inéditos.
Os professores e pesquisadores selecionados, assim como os palestrantes convidados, terão acesso a:
✅ Ingresso VIP para o Congresso;
✅ Acesso a todas as palestras;
✅ Gravação do evento;
✅ Certificado de participação como palestrante;
✅ Certificado de participação como ouvinte,
✅ Publicação de artigo nos Anais do Congresso.
São bem-vindos todos os professores e pesquisadores da área de Português Língua Estrangeira com ou sem formação acadêmica que tenham produzido material didático autoral, livros físicos ou PDFs, videoaulas, podcasts, conteúdo para redes sociais, preparatório para o Celpe-Bras, sequências didáticas e muito mais!
Inscrições para palestrantes ENCERRADAS.
Programação (horário de Brasília)
6 de junho, sexta-feira
9h-12h (Brasília)
6 de junho, sexta-feira
14h-17h (Brasília)
7 de junho, sábado
9h-12h (Brasília)
7 de junho, sábado
14h-17h (Brasília)
9h Abertura do congresso
Mesa 1: Português acadêmico: formação, pesquisa e extensão voltadas ao ensino de PLE
9h15 - Luhema Santos Ueti, Instituto Singularidades/CET Academic Programs e Giselda Fernanda Pereira, CET Academic Programs/To Go Idiomas/Campus B | Comunidades de Práticas de Professores de PLE: diálogos entre saberes e fazeres docentes
9h45 - Roberval Teixeira e Silva, Universidade de Macau | Cidadania Linguística e Interacionismo: uma abordagem educacional para o novo milênio
10h15 - Adriana Bodolay, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) | Desdobramentos em Ensino, Pesquisa e Extensão do PEC-PLE, na UFVJM
10h45 - Debate
Palestrantes
11h15 - Patrícia Rodrigues Tanure Baptista, CEFET-MG | As Aulas de Conversação em Língua Portuguesa no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais: refletindo sobre uma prática
11h30 - Roberto de Farias David Junior, autônomo | Que gramática(s) aprendemos e ensinamos?: considerações e propostas relacionadas à formação do professor e ao ensino de gramática para estudantes no âmbito do PLE
11h45 - Iracema Guimarães, Instituto Aracatu e Lucila Yamashita Matsumoto, Brasil com Pipoca/Grupo Sou Brasil | Superbásicos: caminhos para o ensino-aprendizagem para quem começa do zero
12h - Almoço
Mesa 2: PLE dentro e fora do Brasil
14h - Rogério Pinto de Sousa, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) | Ensinar Português na Guiana: reflexões sobre práticas interculturais e o Instagram
14h30 - Wânia Cristiane Beloni, Università degli Studi Gabriele d'Annunzio - Chieti/Pescara | A Difusão do Português e da Cultura Brasileira por Meio do Leitorado “Guimarães Rosa” na Università degli Studi Gabriele d’Annunzio, na Itália
15h - Jaqueline Carvalho, Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) | Vantagens e desafios das aulas de PLE para grupos
15h30 - Debate
Palestrantes
16h - Andréa de Castro Melloni, Princeton University, Instituto Aracatu e Estou Refugiado | Tudo Isso Somos Nós: algumas notas sobre o ensino de português na Universidade de Princeton e no Brasil
16h15 - Thaynary Chagas Rodrigues Carneiro, Casa do Brasil | A Pronúncia do Ditongo Nasal "ão" do Português Brasileiro por Falantes de Espanhol
16h30 - Renata Gomes, Bridges Cultural | O apoio pedagógico da IA nas aulas de PLE
16h45 - Heide Matos Duarte, Université Cheikh Anta Diop (UCAD) | O Ensino de Português (LE/LA) no Senegal: desafios e conquistas do leitorado brasileiro
17h - Encerramento
Mesa 3: Eu aprendo e ensino português (estrangeiros que viraram professores de PLE)
9h - Joanna Józefowska Drumond, Ciotka z Brazylii | Como a Didática Polonesa Pode Contribuir no Ensino de Português
9h30 - Marcelo Smola, Instituto Superior Lenguas Vivas - Posadas | O Desafio de Tornar-se Professor de PLE na Argentina
10h - Carolina Castellanos Gonella, Dickinson College | As Múltiplas (Des)identificações de uma Colombiana Ensinando Português Brasileiro nos EUA
10h30 - Debate
Palestrantes
11h - Richard Brunel Matias, Universidade Nacional de Córdoba | O Portal de Histórias Infantis Plurilingues para o Ensino Fundamental
11h15 - Ricardo Galli do Nascimento, Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) | Comunicação Escrita Além do Mundo Corporativo
11h30 - Camilla Wootton Villela, Canal Brasileirices/Grupo Sou Brasil e Vinicius Guarilha, Nantes Université/Middlebury | Teatro e Jogos Teatrais em Aulas de PLE
12h - Almoço
Mesa 4: Eu empreendedor/criador de conteúdo
14h - Andrea Ferraz e Isabel M. Pinheiro - Autoras do Samba! e Fundadoras do FORPLA- Núcleo de pesquisa independente, formação de professores e produção de material didático de PLA | O Guia do Professor: a importância da parceria entre autores e professores
14h30 - Beatriz Miranda Côrtes e Marly Estela Lunshof | Instituto de Cultura Brasil Colômbia - IBRACO | Bem Brasil: da sala de aula para o mundo
15h - Daniele Pechi, Papo de Profes | O poder da comunicação intencional na trajetória do Papo de Profes
15h30 - Debate
Palestrantes
16h - Lucía Vazquez, Português de Boa | Cartas Interativas: joga bonito
16h15 - Luiz Rodrigues, Escuela Oficial de Idiomas - España, Material didático alternativo para o ensino de português como língua de acolhimento
16h30 - Lineimar Pereira Martins, autônoma | Português Língua Estrangeira para Falantes de Francês
16h45 - Cristiane Vieira Ribeiro de Oliveira, Universidade Federal do Rio de Janeiro | PLE: a aspectualidade em árabe e português
17h - Encerramento
Programação Especial do Híbrido (20 minutos)
Este ano vamos repetir o híbrido com algumas diferenças: ao longo da semana do congresso vamos disponibilizando os vídeos para os inscritos e palestrantes, keynotes inclusive, já irem assistindo. Este é um cronograma inicial:
Terça, 3 de junho
1 - Jamilly Witoria de Oliveira e Rayane Barbosa da Silva, Universidade Federal da Paraíba (UFPB) | O desenvolvimento de materiais didáticos como caminho para repensar a prática docente em PLA
2 - Rayane Barbosa da Silva, Thiago Mendes dos Santos e Rayssa Kamilly de Souza Cavalcante, Universidade Federal da Paraíba (UFPB) | Materialização da Docência Compartilhada: o material didático Cartografia de Ensino de PLA
3 - Lidyane Santos de Lima, Juliana Melo Lopes, José Wellisten Abreu de Souza, Universidade Federal da Paraíba (UFPB) | Estratégias de Leitura e Interpretação para a Parte Escrita do Celpe-Bras: uma proposta didática no contexto do PLEI/UFPB
Quarta, 4 de junho
4 - Isabel Ojeda, Universidad Nacional de Formosa | El papel de la habilidad inferencial y la enseñanza estratégica en la lectocomprensión del portugués como Lengua Extranjera.
5 - Hugneide Souza de Oliveira; Aline Gisselle Pereira Gómez e Cíntia Loy Armendaris Rodríguez, autônomas | O Ensino de Português no Uruguai: propostas para um contexto multilíngue
6 - Dulcineia Alves dos Santos, Universidade de Gênova | Desmascarando os Falsos Cognatos Português-Italiano: estratégias de ensino e aprendizagem
7 - Elaine Santos dos Reis, Il Cavedio Corsi Varese | Literatura e Interculturalidade: os culturemas de Essa gente no ensino de PLE
Quinta, 5 de junho
8 - Cleyde Soares Rocha, CEFET-MG | Extensão Universitária e o Ensino de PLE: desafios e oportunidades
9 - Jeniffer Alessandra Supplizi, Universidade Federal do ABC | Nossa Casa: Português para Refugiados - ano 7
10 - Luciana Canonico Cruz, Português na Prática | A Importância dos Números em Português para a Comunicação
11 - Eliane Oliveira, Universidade Federal de Alagoas | Língua Estrangeira ou Língua Adicional? Reflexões sobre Nomenclaturas no Campo da Linguística Aplicada
Mesa 1
Português Acadêmico: formação, pesquisa e extensão voltadas ao ensino de PLE
6 de junho, manhã
Luhema Ueti

Título da palestra: Comunidades de Práticas de Professores de PLE: diálogos entre saberes e fazeres docentes
Propomos discutir os desafios e perspectivas da constituição de professores para o ensino-aprendizagem de Português como Língua Estrangeira (PLE), tomando como eixo central a experiência do EPPB (Encontro de Professores de Português do Brasil em Múltiplos Contextos). Ancorados nas teorias de Wenger, McDermott e Snyder (2002) sobre Comunidades de Prática (CoP) e em Lave e Wenger (1991) sobre aprendizagem situada, analisamos como o EPPB se constitui como um espaço formativo que integra saberes teóricos e práticos docentes. A proposta dialoga ainda com Freire (1996), para quem a educação é um ato dialógico de construção coletiva, superando modelos tradicionais de transmissão de conhecimento.
Roberval Teixeira Silva

Título da palestra: Cidadania Linguística e Interacionismo: uma abordagem educacional para o novo milênio
Um dos desafios para o ensino de línguas em geral, especialmente as não-maternas, é a construção de um ambiente que promova experiências de aprendizagem significativas em sala de aula. Por várias décadas, a abordagem da Sociolinguística Interacional (SI) para a análise do discurso em sala de aula tem se mostrado um modelo eficiente tanto para o planejamento quanto para a discussão de contextos de ensino-aprendizagem de línguas. Grande parte dessa eficiência decorre de sua abordagem transdisciplinar contextualizante, que ajuda professores, alunos, pesquisadores e outros participantes a desenvolver uma visão holística e crítica sobre o que fazem ao se envolverem e criarem diferentes contextos. Outro ponto-chave são seus procedimentos teórico-metodológicos: essa abordagem recusa fornecer um quadro teórico pré-analítico fixo. Pelo contrário, a metodologia consiste em estar imerso nos contextos para lidar com eles de forma ampla e, então, discutir o que podem nos ensinar sobre como os seres humanos constroem suas realidades socioculturais. Assim como ocorre em outras práticas e contextos sociais, na sala de aula, a organização das interações é estruturada na linguagem que, por sua vez, constrói o mundo sociocultural a partir de ações ideológicas e políticas verbais, não verbais e multimodais. Sob essa perspectiva, nossa apresentação discute as interações em sala de aula, considerando o processo de ensino-aprendizagem como parte de uma empreitada ideológica que, politicamente, projeta cidadãos em direção à passividade, dependência e monocultura, ou em direção à mudança, autonomia e transculturalidade. Uma possível tecnologia que está em consonância com nossa visão é a pedagogia de projetos, desenvolvida por meio de tarefas. Essa estratégia, altamente contextualizada, leva a reflexões críticas e tomadas de decisão por parte dos sujeitos envolvidos no processo (professores, estudantes e outros), o que permite fomentar a cidadania linguística: um posicionamento que entende os conceitos de voz, agência e participação como direitos fundamentais de todos na vida social.
Giselda Pereira

Título da palestra: Comunidades de Práticas de Professores de PLE: diálogos entre saberes e fazeres docentes
Propomos discutir os desafios e perspectivas da constituição de professores para o ensino-aprendizagem de Português como Língua Estrangeira (PLE), tomando como eixo central a experiência do EPPB (Encontro de Professores de Português do Brasil em Múltiplos Contextos). Ancorados nas teorias de Wenger, McDermott e Snyder (2002) sobre Comunidades de Prática (CoP) e em Lave e Wenger (1991) sobre aprendizagem situada, analisamos como o EPPB se constitui como um espaço formativo que integra saberes teóricos e práticos docentes. A proposta dialoga ainda com Freire (1996), para quem a educação é um ato dialógico de construção coletiva, superando modelos tradicionais de transmissão de conhecimento.
Adriana Bodolay

Título da palestra: Desdobramentos em Ensino, Pesquisa e Extensão do PEC-PLE, na UFVJM
O presente trabalho tem por objetivo apresentar o Curso PEC-PLE/UFVJM de 2025. A nossa proposta integra práticas de acolhimento e desenvolvimento curricular contextualizado para estudantes estrangeiros, candidatos a uma vaga em cursos de graduação no Brasil. Com carga horária de 37h semanais, o programa alia ensino linguístico a vivências interculturais, atendendo a alunos de oriundos do Benim, Timor Leste e República do Congo, vinculados ao Programa de Estudantes-Convênio (PEC). O Curso tem como fundamentos: suporte anterior à chegada dos estudantes; promoção de reflexões críticas sobre estereótipos culturais; articulação entre língua-cultura por meio de atividades imersivas na realidade local; alinhamento às políticas nacionais de mobilidade acadêmica, fortalecendo a UFVJM como instituição receptora de alunos estrangeiros. Além disso, utilizamos os dados coletados sobre desafios linguísticos e culturais dos estudantes, orientando nossas pesquisas para um constante aprimoramento metodológico e das políticas institucionais.
Palestrantes
6 de junho, manhã

Patrícia Rodrigues Tanure Baptista
Título da palestra: As Aulas de Conversação em Língua Portuguesa no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais: refletindo sobre uma prática
A partir, portanto, da compreensão da indissociabilidade entre língua e cultura, que prestigia o ensino de língua como um processo constituído de práticas sociais e interativas, apresento, nesta fala, uma reflexão sobre uma das ações de extensão que tiveram início em 2020 no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, incorporadas pelo Programa de Extensão Português como Língua Estrangeira: as Aulas de conversação em língua portuguesa. Com este objetivo, estamos assumindo o arcabouço teórico da Abordagem Comunicativa Intercultural (ACIN), assim como os conceitos de Cultura e Língua-cultura, como propostos por Mendes (2004, 2011).

Roberto de Farias David Junior
Título da palestra: Que Gramática(s) Aprendemos e Ensinamos?: considerações e propostas relacionadas à formação do professor e ao ensino de gramática para estudantes no âmbito do PLE
Quando o assunto é o ensino da Língua Portuguesa (como língua materna ou não materna), um dos tópicos que mais geram “resistência” é a gramática. Há quem a associe a um ensino totalmente tradicional, distante da realidade linguística e “cheio de regras inúteis”. Contudo, nós, professores/as de idiomas, sabemos que não há língua sem gramática, e que não há ensino de língua sem ensino de gramática. Como, então, conciliar o(s) conceito(s) de gramática que conhecemos academicamente na área de Letras e a noção de gramática que prevalece no senso comum? A proposta desta apresentação é não apenas tecer reflexões acerca deste tópico, mas explorar possibilidades de trabalho em salas de aula de PLE. Para tanto, pretende-se discutir a proposta de Vieira (2014, 2017) de “ensino de gramática em três eixos”, procurando adaptá-la ao ensino de português como língua estrangeira, apontando não apenas exemplos da necessidade de ensinar gramática a alunos/as com perfis e interesses diversos, como também caminhos para fazer isso de forma contextualizada e produtiva.

Iracema Guimarães
Título da palestra: Superbásicos: caminhos para o ensino-aprendizagem de quem começa do zero
A apresentação discute os desafios e estratégias para o ensino de PLE a aprendizes classificados pelas autoras como Superbásicos — aqueles que têm o primeiro contato com a língua nas aulas e não compartilham referências estruturais ou vocabulares com o português. O foco está na identificação de práticas eficazes para esse perfil de aluno. Durante a apresentação, serão explorados exemplos de atividades e um novo material voltado a esse público, com base em princípios como clareza, afetividade e construção progressiva do sentido. A análise propõe caminhos para acolher, engajar e promover avanços reais na aprendizagem de quem começa do zero.

Lucila Matsumoto
Título da palestra: Superbásicos: caminhos para o ensino-aprendizagem de quem começa do zero
A apresentação discute os desafios e estratégias para o ensino de PLE a aprendizes classificados pelas autoras como Superbásicos — aqueles que têm o primeiro contato com a língua nas aulas e não compartilham referências estruturais ou vocabulares com o português. O foco está na identificação de práticas eficazes para esse perfil de aluno. Durante a apresentação, serão explorados exemplos de atividades e um novo material voltado a esse público, com base em princípios como clareza, afetividade e construção progressiva do sentido. A análise propõe caminhos para acolher, engajar e promover avanços reais na aprendizagem de quem começa do zero.
Mesa 2
PLE dentro e fora do Brasil
6 de junho, tarde
Rogério Pinto de Souza

Título da palestra: Título da palestra: Ensinar Português na Guiana: reflexões sobre práticas interculturais e o Instagram
Este trabalho apresenta reflexões sobre a experiência de ensino de Português como Língua Estrangeira (PLE) na cidade de Lethem, na República Cooperativista da Guiana, a partir de uma ação voluntária. Inserido em um contexto multilíngue e intercultural, o curso de PLE foi organizado com o apoio do governo local e contou com participantes diversos, entre eles funcionários públicos da guarda municipal, saúde, jovens estudantes e membros da comunidade indígena Wapichana.
Jaqueline Carvalho

Título da palestra: Vantagens e desafios das aulas de PLE para grupos
Como lidar com facilidades e dificuldades de estudantes de diferentes nacionalidades?
O nivelamento dos estudantes pode ser um desafio para professores e equipe pedagógica?
Pretendemos abordar estas questões entre outras nesta apresentação em que desejamos comentar as experiências com grupos de estudantes estrangeiros das mais diversas nacionalidades na Fundação Armando Alvares Penteado, a FAAP.
Wânia Cristina Beloni

Título da palestra: A Difusão do Português e da Cultura Brasileira por Meio do Leitorado “Guimarães Rosa” na Università degli Studi Gabriele d’Annunzio, na Itália
O Programa Leitorado é uma política pública que tem o intuito de difundir internacionalmente a língua e a cultura brasileira. Para isso, professores brasileiros são subsidiados pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) para atuarem em diversas universidades do mundo. Criado em 1953, o programa, que tem mais de 70 anos, tem o objetivo de promover o ensino do Português e a difusão da cultura brasileira. Segundo os dados mais recentes, apresentados pelo Panorama da contribuição do Brasil para a difusão do português (2021), para o período de 1953 a 2020, 373 profissionais atuaram em 164 universidades, localizadas em 68 países. Assim, pretendo apresentar o programa Leitorado Guimarães Rosa, explicando quais são os requisitos para ser um professor leitor e, consequentemente, meu percurso, formação e anseios para chegar aqui, evidenciando, também, as ações e experiências que venho desenvolvendo na Università degli Studi Gabriele d’Annunzio, de Chieti/Pescara.
Palestrantes
6 de junho, tarde

Andréa de Castro Melloni
Título da palestra: Tudo Isso Somos Nós: algumas notas sobre o ensino de português na Universidade de Princeton e no Brasil
O programa de PLE na Universidade de Princeton: público alvo, características dos alunos, desafios do ensino-aprendizagem para falantes de inglês e as diferenças de se ensinar português para estrangeiros no Brasil.

Heide Matos Duarte
Título da palestra: O Ensino de Português (LE/LA) no Senegal: desafios e conquistas do leitorado brasileiro
O Senegal, país da África Ocidental, multilíngue, pluricultural, francófono e com mais de 20 línguas nacionais, apresenta uma interessante realidade quanto ao ensino do português como língua estrangeira/segunda; são mais de 44 mil estudantes em todo o país, desde os liceus até as universidades, especialmente a Université Cheikh Anta Diop (UCAD), onde o Leitorado Guimarães Rosa tem atuado desde janeiro de 2023. Esta experiência de ensino tem sido repleta de surpresas positivas, conquistas e projetos, mas - também - de muitos desafios, como o domínio espacial e político da variante europeia, seja na prática em sala de aula, na formação dos professores ou no uso de materiais didáticos. Este cenário desafiador tem impulsionado, através do leitorado, ações de (re)construção de relações diplomáticas, pessoais, educativas e profissionais, com o objetivo de ensinar e promover a língua e cultura brasileira. Para tal, tem-se priorizado o ensino do português a partir da cultura (afro)brasileira, resgatando, desta forma, os laços históricos e identitários entre Brasil e África. Assim, este trabalho tem como objetivo relatar como tem sido a experiência do leitorado Guimarães Rosa, destacando as conquistas e os desafios encontrados, além das percepções e reflexões a respeito do ensino do português como língua adicional no Senegal.

Thaynary Chagas Rodrigues Carneiro
Título da palestra: A Pronúncia do Ditongo Nasal "ão" do Português Brasileiro por Falantes de Espanhol
Este trabalho investiga a produção do ditongo nasal "ão" doPortuguês Brasileiro por aprendizes falantes de espanhol , com o objetivo de compreender as principais dificuldades fonológicas enfrentadas nesse aspecto específico da pronúncia. A análise baseia-se em dados coletados em quatro diferentes contextos de uso da língua: conversa informal, leitura de texto, leitura de lista de palavras e canto. Observamos variações na produção do ditongo a depender da situação comunicativa, revelando que fatores como espontaneidade, atenção à forma e musicalidade influenciam diretamente a articulação dos sons. A partir dessa análise, refletimos sobre como essas dificuldades impactam o processo de aquisição do PLE, não apenas no plano linguístico, mas também em relação à autoestima e à percepção dos próprios aprendentes sobre seu desempenho comunicativo. Assim, discutimos possíveis estratégias didáticas que favoreçam a sensibilização fonológica e a melhoria da pronúncia no ensino de português para falantes de espanhol. Com isso, buscamos contribuir para o debate sobre quem aprende PLE, suas necessidades específicas e os caminhos pedagógicos que podem facilitar a aprendizagem.
Mesa 3
Eu aprendo e ensino português
(estrangeiros que viraram professores de PLE)
7 de junho, manhã
Joanna Józefowska Drumond

Título da palestra: Como a Didática Polonesa Pode Contribuir no Ensino de Português
Apresentarei minha trajetória como professora polonesa de português, polonês e espanhol. Discorrerei sobre os desafios de ensinar línguas não maternas em contraste com as dificuldades de ensinar a língua materna. Pretendo definir como vários idiomas podem se enriquecer mutuamente também da minha ótica poliglota de estudante de outros idiomas.
Carolina Castellanos Gonella

Título da palestra: As Múltiplas (Des)identificações de uma Colombiana Ensinando Português Brasileiro nos EUA
A palestra se foca na minha experiência como colombiana e doutora em letras ensinando disciplinas de português (brasileiro) como língua estrangeira, numa pequena faculdade nos EUA. Proponho que minha experiência com este tipo de disciplinas está perpassada por uma negociação com o que chamo de múltiplas (des)identificações, a partir do conceito de “desidentificação” de José Esteban Muñoz (1999). Para Muñoz, a desidentificação descreve estratégias que permitem que um grupo minoritário sobreviva e até se empodere, em contextos que o marginalizam. No meu caso, observo múltiplas (des)identificações, porque ensino uma língua que constantemente aprendo—o espanhol é minha língua materna—, porque moro em um país onde sou estrangeira e minoria étnica e racial e porque o inglês é minha segunda/terceira língua. Além disto, há um outro aspecto da (des)identificação de vital importância para mim, que é o da respeitabilidade, pois, ao ensinar PLE e ministrar disciplinas de cultura e literatura brasileira, represento culturas e uma língua que não são as minhas. Isto é, carrego comigo o dever (e o enorme privilégio) de apresentar de forma respeitosa e responsável o português e a literatura brasileira. Portanto, como docente de PLE, meu lugar de fala (Ribeiro, 2017) está atravessado por uma constante negociação de múltiplas (des)identificações, a partir da minha identidade interseccional e minha desidentificação, dentro e fora da sala de aula e dentro e fora da faculdade, assim como por uma responsabilidade ética sobre a forma como represento e apresento o Brasil e a língua portuguesa.
Marcelo Smola

Título da palestra: O Desafio de Tornar-se Professor de PLE na Argentina.
A palestra é um breve percorrido através da minha formação acadêmica na Universidade Nacional de Misiones, e os desafios com os quais me deparei durante o processo de tornar-me professor de PLE, desde o começo através de cursos básicos de português, a paixão pela língua e a cultura brasileira, a partir das minhas primeiras férias no Brasil e essa conexão que tive desde muito jovem e ainda não sei bem como explicar, com o ensino dessa língua. Além disso, será apresentado o esquema universitário, acadêmico e legal, que representa a carreira de professor em português, sempre desde a perspectiva da universidade na qual me formei, que abrange o ensino da língua portuguesa desde uma abordagem cultural, e considerando a proximidade geográfica com o país irmão. Será exibido também, o sistema educativo existente na Argentina, com aquelas opções de ensino infantil, básico, médio e superior de português nas escolas, instituições e universidades, local de atuação dos professores do PLE, aqui no meu país, assim como também o perfil profissional desses atores sociais na atualidade.
Palestrantes
7 de junho, manhã

Richard Brunel Matias
Título da palestra: O Portal de Histórias Infantis Plurilíngues para o Ensino Fundamental
A apresentação tem como objetivo dar a conhecer o Portal de Histórias Infantis Plurilingues para o Ensino Fundamental, projeto que está conectado com a formação de professores de português no "Profesorado de Portugués" da Faculdade de Línguas da Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina. As histórias infantis produzidas por estudantes se transformam em contos infantis plurilíngues que fomentam o desenvolvimento da competência plurilíngue e pluricultural de crianças que estão em processo de escolarização nos primeiros anos da etapa escolar. Roteiros pedagógicos são elaborados para a implementação do material em sala de aula. Toda criança tem o direito de aprender, ler e falar em outras línguas, para além do inglês e, em nossa região, a América Latina, sobretudo em português.

Ricardo Galli do Nascimento
Título da palestra: Atualização gramatical para professores de PLE
Muitos são os desafios que não só o estrangeiro, mas que o brasileiro enfrenta ao trabalhar no meio corporativo. A comunicação oral e escrita vai além do conhecimento gramatical, pois existem questões culturais presentes no dia a dia das empresas e que precisam ser compreendidas. É durante a jornada de trabalho que a tal fluência em nossa língua materna é cobrada; são concordâncias, pontuações, crases, vocativos, tempos verbais etc. É sobre esse cenário que a palestra do professor Galli abordará. Participe e ajude a enriquecer nossa conversa!
Vinicius Guarilha

Título: Teatro e Jogos Teatrais em Aulas de PLE
Esta apresentação propõe o uso do teatro e de jogos teatrais como ferramentas pedagógicas no ensino de Português como Língua Estrangeira (PLE), com base na metodologia desenvolvida por Viola Spolin, referência no teatro improvisado. A partir de jogos criados por Spolin para estimular a criatividade, a imaginação e a comunicação, apresentaremos propostas práticas adaptadas ao contexto de PLE. O objetivo é demonstrar como essas atividades lúdicas e colaborativas podem promover a expressão oral, o engajamento dos estudantes e o desenvolvimento integral em sala de aula. Além disso, vamos propor atividades relacionadas ao teatro do oprimido, método criado por Augusto Boal que utiliza o teatro como elemento de transformação social.
Camilla Wootton Villela

Título: Teatro e Jogos Teatrais em Aulas de PLE
Esta apresentação propõe o uso do teatro e de jogos teatrais como ferramentas pedagógicas no ensino de Português como Língua Estrangeira (PLE), com base na metodologia desenvolvida por Viola Spolin, referência no teatro improvisado. A partir de jogos criados por Spolin para estimular a criatividade, a imaginação e a comunicação, apresentaremos propostas práticas adaptadas ao contexto de PLE. O objetivo é demonstrar como essas atividades lúdicas e colaborativas podem promover a expressão oral, o engajamento dos estudantes e o desenvolvimento integral em sala de aula. Além disso, vamos propor atividades relacionadas ao teatro do oprimido, método criado por Augusto Boal que utiliza o teatro como elemento de transformação social.
Mesa 4
Eu empreendedor/criador de conteúdo
7 de junho, tarde
Andrea Ferraz

Título da palestra: O Guia do Professor: a importância da parceria entre autores e professores
A palestra discute o papel central do livro didático no processo de ensino-aprendizagem e destaca a relevância do guia do professor como ferramenta essencial para promover uma prática pedagógica eficaz. Ao reconhecer o guia como um elo entre os autores e os professores, a apresentação enfatiza como essa parceria pode ser fortalecida para garantir o uso qualificado do material didático em sala de aula. Serão abordadas estratégias para potencializar essa colaboração, valorizando o conhecimento prático do professor e o trabalho autoral como complementares. O objetivo é mostrar como a construção conjunta de sentidos entre quem escreve e quem ensina contribui para a implementação de boas práticas de ensino, respeitando os contextos e as necessidades individuais das aulas ministradas
Beatriz Miranda Côrtes

Título da palestra: Bem Brasil: da sala de aula para o mundo
Bem Brasil – Curso de Português para Estrangeiros é mais do que um livro: é um convite para mergulhar de forma autêntica e envolvente na língua e na cultura brasileira. Fruto de mais de 30 anos de experiência no ensino de PLE, foi criado por educadoras que conhecem de perto os desafios e desejos dos alunos de hoje. O resultado é um material vivo, atual e profundamente conectado às realidades do mundo contemporâneo.
Daniele Pechi

Título da palestra: O Poder da Comunicação Intencional na Trajetória do Papo de Profes
Nesta palestra, Daniele Pechi revela como a comunicação intencional foi decisiva para transformar uma ideia de negócio — que tinha e tem uma demanda real — em um movimento formativo que impacta milhares de professoras de PLE ao redor do mundo. A partir da trajetória do Papo de Profes, ela mostra como se comunicar com propósito, autenticidade e estratégia é o caminho para atrair as pessoas certas, sejam clientes ou parceiros, construir autoridade e criar ofertas que geram conexão e vendas recorrentes. Um convite direto para quem quer ser ouvido, lembrado e escolhido. Recorrentemente.
Isabel M. Pinheiro

Título da palestra: O Guia do Professor: a importância da parceria entre autores e professores
A palestra discute o papel central do livro didático no processo de ensino-aprendizagem e destaca a relevância do guia do professor como ferramenta essencial para promover uma prática pedagógica eficaz. Ao reconhecer o guia como um elo entre os autores e os professores, a apresentação enfatiza como essa parceria pode ser fortalecida para garantir o uso qualificado do material didático em sala de aula. Serão abordadas estratégias para potencializar essa colaboração, valorizando o conhecimento prático do professor e o trabalho autoral como complementares. O objetivo é mostrar como a construção conjunta de sentidos entre quem escreve e quem ensina contribui para a implementação de boas práticas de ensino, respeitando os contextos e as necessidades individuais das aulas ministradas.
Marly Estela Lunshof

Título da palestra: Bem Brasil: da sala de aula para o mundo
Bem Brasil – Com 15 unidades temáticas recheadas de expressões do dia a dia, referências culturais e atividades dinâmicas, o curso desenvolve as quatro habilidades linguísticas de forma integrada, natural e prazerosa. Adota-se uma abordagem híbrida baseada na Instrução por Conteúdos (CBI), que une gramática contextualizada, temas relevantes e recursos diversos como música, leitura crítica e produção oral.
Palestrantes
7 de junho, tarde

Lucía Vazquez
Título da palestra: Cartas Interativas: joga bonito
Cartas digitais e interativas para alunos hispanofalantes de nível básico. As cartas incluem: curiosidades do Brasil, da língua portuguesa e história; expressões idiomáticas; dicas de gramática contrastiva; regras fonéticas e áudios para escutar, repetir e imitar; personalidades importantes para a história do Brasil, mulheres heroínas como Maria Quitéria, Tia Ciata, Dandara dos Palmares; desafios diários para destravar bloqueios mentais como o medo a falar em público ou sentir vergonha; um arquivo de PDF com sugestões de exercícios para usar na sala de aula em grupo. Também inclui um guia, caso o aluno queira usar as cartas sozinho. As cartas são digitais e interativas para serem usadas em aulas online. Ajuda professores que lecionam em grupos básicos e querem mudar a dinâmica da aula com material diferente, divertido e inovador, uma vez que permite que @s alumn@s interajam. Além disso, cada uma das cartas propõe uma tarefinha para poder implementar a informação.

Luiz Rodrigues
Título da palestra: Material didático alternativo para o ensino de português como língua de acolhimento
Este trabalho investiga o ensino de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) para migrantes e refugiados, com foco na análise de material didático utilizado no Brasil. O estudo baseia-se na Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006 [1968]; LABOV, 2008 [1972]) e na variação lexical, além de distinguir os conceitos de Português como Língua Estrangeira do Português como Língua de Acolhimento. Caracterizando-se como um estudo de natureza documental e interventiva, iniciamos com uma análise qualitativa do livro "Pode Entrar: Português do Brasil para Refugiadas e Refugiados" (Feitosa et al., 2015), no qual se identificam lacunas na representação da variação linguística do léxico do corpo humano. Embora o “Pode Entrar” apresente diversidade cultural e étnica na maior parte dos capítulos, a análise detalhada do capítulo 8 intitulado “A saúde e o Sus” revela uma abordagem clínica e despersonalizada em relação ao tratamento do léxico do corpo humano, com escassa variação linguística no português, além da ausência de representações inclusivas, particularmente de corpos femininos, negros ou de pessoas com deficiência. Com base nesse resultado, sugere-se a necessidade do desenvolvimento de materiais que contemplem a heterogeneidade cultural e linguística dos aprendizes em relação ao seu contexto local. Portanto, como proposta interventiva, apresentamos uma cartilha educativa e informativa como material didático alternativo focado no léxico do corpo humano embasado no uso regional de Chapecó, visando contribuir para a qualidade do ensino de PLAc na cidade e facilitar a interação entre migrantes e profissionais de saúde. Os resultados demonstram a necessidade de criar estratégias pedagógicas e sociolinguísticas inclusivas e culturalmente sensíveis que atendam à diversidade da comunidade de aprendizes de PLAc, contribuindo para a implementação de políticas migratórias e educacionais na região. A pesquisa também revelou a importância da relação de aprendizagem e formação contínua entre docentes e discentes no contexto do ensino de PLAc.

Lineimar Pereira Martins
Título da palestra: Português Língua Estrangeira para Falantes de Francês
Vou apresentar os quatro livros que elaborei publicados pelas Éditions Ellipses, uma editora parisiense com a qual trabalho há cinco anos. Todos os meus livros consideram as diferenças e similaridades com relação à língua francesa, mas também às características culturais de aprendizagem dos franceses. O primeiro se chama "Olá! Le portugais du Brésil en dix leçons", é uma prévia para métodos existentes, pois começo pela fonética e ensino questões gerais sobre gramática, expressões e pronúncia. O segundo se chama "O que é, o que é? - Apprendre ou réviser le vocabulaire de base en portugais en s'amusant", é um livro de exercícios lúdicos como palavras cruzadas, charadas e jogos diversos, específicos para iniciantes, que ajuda na aprendizagem da semântica, mas principalmente da ortografia. O terceiro se chama Cotidiano! - Cahier d'activités pour élargir et approfondir son vocabulaire courant", são textos com exercícios para reforçar a compreensão contextualizada a um nível mais avançado. E o terceiro se chama "Alho com bugalhos - Déjouez les 30 principaux pièges du portugais !", é uma compilação das 30 maiores dificuldades encontradas pelos falantes de francês ao aprenderem português, com explicações detalhadas e exercícios. Com exceção do "O que é, o que é?", os livros vêm com áudios e a correção dos exercícios. São usados por professores de PLE, mas também por autodidatas que aprendem o português sozinhos. Tenho tido bons retornos dos livros aqui na França.

Cristiane Vieira de Oliveira
Título da palestra: PLE: a Aspectualidade em Árabe e Português
A presente pesquisa inscreve-se na área de Ensino de Português Língua Não Materna, tendo como foco o ensino de português do Brasil a estrangeiros. Toma como objeto de estudo, especificamente, a construção da noção de aspectualidade verbal e seus usos por estrangeiros, falantes nativos de árabe, considerando os desafios experienciados por esses aprendizes por influência de sua língua materna.
Programação Especial Híbrido
Terça, 3 de junho divulgação dos vídeos

Jamilly Witoria de Oliveira
Título da palestra: O Desenvolvimento de Materiais Didáticos como Caminho para Repensar a Prática Docente em PLA
Na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a área de PLE/PLA foi contemplada no currículo do curso de Letras - Língua Portuguesa apenas a partir de 2020, por meio da disciplina optativa de Linguística Aplicada ao Ensino de Português como Língua Estrangeira (LAEPLE) (Souza e Aragon, 2023). É nesse contexto de oferta da disciplina que surge o presente trabalho, a partir do qual pretende-se apresentar uma Unidade Didática (UD) produzida por graduandas matriculadas no componente curricular supracitado. Dessa maneira, objetivamos também, a partir do produto apresentado, reafirmar a importância da institucionalização de disciplinas como esta para a ampliação da área de PLA e para a formação docente de estudantes de Letras como um todo. Assim, a pesquisa adota uma metodologia aplicada, visto que, a partir da revisão bibliográfica acerca das abordagens, metodologias e livros destinados ao ensino de PLA, foi desenvolvido um material didático. Acreditamos que os livros didáticos materializam crenças sobre a língua, a cultura e o ensino, refletindo diretamente a prática docente e o relacionamento com o aluno estrangeiro. Dessa forma, utilizamos como subsídio para a criação da UD a abordagem comunicativa intercultural (Santos, 2004; Almeida Filho, 2007), por considerarmos imprescindível a língua em uso no processo de aquisição de uma língua, bem como o estabelecimento de uma relação entre os aspectos culturais dos estudantes com a cultura da língua alvo. Em consonância com essa base teórica, o trabalho também é resultado da reflexão sobre os materiais didáticos como instrumentos políticos com viés pós-colonial (Bizon e Diniz, 2019) dentro das práticas ideológicas (Scheyerl, 2012). Além disso, em vista dos desafios em conciliar as práticas comunicativas com um ensino de gramática que não ceda à pressão da norma-padrão, buscamos apresentar uma integração dos fenômenos linguísticos com os processos de significação na textualidade. Tendo em vista o exposto, buscamos, com este trabalho, compartilhar a consolidação de discussões e estudos teóricos na área de PLA realizados na disciplina de LAEPLE, além de mostrar como materiais didáticos servem como uma ponte da teoria para a prática, característica indispensável em uma licenciatura.

Rayane Barbosa da Silva
Título da palestra: Materialização da Docência Compartilhada: o material didático Cartografia de Ensino de PLA
O ensino de PLE/PLA no Brasil é essencialmente desenvolvido por meio de extensões universitárias. A área encontra entraves para sua institucionalização (Almeida Filho, 2012), não possuindo disciplinas obrigatórias voltadas a ela na formação de estudantes de Letras. Esse é o caso da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que não possuía uma disciplina optativa até 2020 (Souza e Aragon, 2023). O presente trabalho foi desenvolvido no programa PLEI, através do Projeto de extensão “Produção de multimeios: colaborando com o PLEI no acolhimento e formação dos estudantes estrangeiros” que, tendo em vista o cenário acima, desenvolve uma nova proposta de material didático: a Cartografia de Ensino de PLA. Material informativo com proposta visual, a primeira Cartografia de Ensino aponta caminhos para a produção de planos de aula com abordagem comunicativa-intercultural (Schlatter, 2018; Santos, 2004), de acordo com o perfil do alunado e que, como todo material didático, não possuem um fim em si mesmos (Garcez e Schlatter, 2017). Produzido por alunos-professores mais experientes no programa, o material tem como objetivo auxiliar alunos-professores novatos a desenvolverem suas práticas em PLA. Pretendemos demonstrar que, dessa forma, a proposta do material vai de encontro à perspectiva de Schlatter e Costa (2020) em relação à noção de docência compartilhada, quando defendem que o planejamento docente deve ser um processo dinâmico e dialógico, que considere os aprendizes como coparticipantes na construção do conhecimento. Dessa forma, ao fundamentar-se na noção de docência compartilhada, ele promove a troca de experiências entre professores mais experientes e iniciantes, enriquecendo o processo de ensino. Além disso, o material permite que os professores personalizem as atividades, incentivando o uso autêntico da língua e a análise constante sobre a prática. Assim, ele se revela uma ferramenta essencial para o ensino bem-sucedido e alinhado às realidades do PLE/PLA.

Lidyane Santos de Lima
Título da palestra: Estratégias de Leitura e Interpretação para a Parte Escrita do Celpe-Bras: Uma Proposta Didática no Contexto do PLEI/UFPB
Este trabalho tem por intuito apresentar uma estratégia pedagógica voltada para a leitura e a interpretação dos enunciados da Parte Escrita do Celpe-Bras, desenvolvida durante as aulas do Curso Preparatório para este exame, realizadas nos anos de 2023 e 2024 no âmbito do Programa Linguístico-Cultural para Estudantes Internacionais (PLEI) da UFPB. As tarefas que compõem à Parte Escrita do Celpe-Bras visam à realização de ações comunicativas mediadas pela linguagem, por meio da produção de textos organizados segundo convenções discursivas socialmente estabelecidas (Brasil, 2021). Cada enunciado da Parte Escrita está inserido em uma esfera comunicativa específica, aborda um tema determinado, possui um propósito comunicativo definido, estabelece uma relação de interlocução clara e apresenta características informacionais e composicionais próprias de um gênero discursivo, além de estar vinculado a um suporte de publicação específico (Schoffen et al., 2018). Assim, para que o candidato produza um texto adequado às exigências da tarefa, é essencial que ele compreenda globalmente os elementos presentes no enunciado, reconhecendo que cada um deles é indispensável para a construção da sua produção textual. Dessa forma, do ponto de vista metodológico, apresentaremos como se dá a análise descritivo-reflexiva dos elementos que compõem o enunciado, a partir de atividades realizadas no curso. Os resultados observados em sala de aula apontam que quando os alunos percebem que esses elementos funcionam como “peças de um quebra-cabeça”: a ausência de qualquer um (pode) compromete(r) a completude da produção textual, eles, portanto, internalizam essa consciência de modo crítico-reflexivo, alcançando adequadamente o requerido no comando da tarefa. Em síntese, cabe ao docente, além de mediar a aprendizagem relacionada aos aspectos escritos e estruturais do gênero, orientar o aluno na compreensão plena do que é solicitado em cada tarefa.
Quarta, 4 de junho divulgação dos vídeos

Isabel Ojeda
Título da palestra: El Papel de la Habilidad Inferencial y la Enseñanza Estratégica en la Lectocomprensión del Portugués como Lengua Extranjera
El presente Proyecto de intervención pedagógico-didáctico surge en el marco la Carrera Especialización en Docencia Universitaria -Opción Pedagógica a distancia- dictada por la Universidad de La Plata de la Republica Argentina. Consiste en identificar una dimensión de la práctica y diseñar una propuesta innovadora para mejorarla o transformarla dentro del propio espacio de trabajo. Este espacio es la catedra Lengua Portuguesa de la carrera de Licenciatura en Bromatología que se dicta en la Facultad de Ciencias de la Salud de la Universidad Nacional de Formosa donde me desempeño como profesora adjunta, constituyéndose esta asignatura en una verdadera herramienta para el desarrollo y manifestación de capacidades de los estudiantes antes los nuevos desafíos brindando conocimientos gramaticales básicos para interpretar un texto técnico científico en Portugués, para intercambiar ideas, informaciones y ¬–o intercambiar relaciones comerciales, pensar en el contenido es, en manera simultánea, pensar en los estudiantes, en sus capacidades, sus posibilidades de comprensión y aprendizajes, su trayecto y sobre los usos que ese contenido tendrá una vez adquirido (Feldman, 2015). En consecuencias las prácticas docentes se ven interferidas por las dificultades presente para la lectocomprensión de los textos en lengua portuguesa de su campo disciplinar. Los resultados de las diferentes instancias de evaluación y los sucesivos trabajos prácticos realizados fueron insumos importantes que reafirman la presencia de vacíos que intentaremos rellenar con la presente innovación. Tiene por objetivo potenciar la habilidad inferencial involucrada en la comprensión lectora de los textos técnicos científicos de los estudiantes a partir de actividades de lectocomprensión con las oportunidades y los desafíos digitales para el aprendizaje tanto individual como entre pares. Es decir, desde la lectocomprensión podemos fortalecer la alfabetización académica de nuestros alumnos (Carlino, 2005), y así, convertirse en lectores competentes que puedan llegar a la interpretación de un texto en lengua portuguesa mediante el uso razonable de estrategias.
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Hugneide Souza de Oliveira
Título da palestra: O ensino de Português no Uruguai: propostas para um contexto multilíngue
Ensinar português no Uruguai é um grande desafio. A realidade sociolinguística do país faz com que o ensino de português adquira em um mesmo contexto diferentes status, entre eles: língua estrangeira, segunda língua, língua de herança e em ocasiões encontramos que ele aparece como uma língua materna. Embora a heterogeneidade seja considerada uma grande riqueza e oportunidade para o trabalho em sala de aula, também gera questionamentos ao escolher materiais didáticos disponíveis. A dificuldade não se resume apenas à definição do status do português no contexto de atuação, mas é muito mais ampla e complexa. Isso porque, em uma mesma localidade, especialmente nas fronteiras uruguaio-brasileiras, é possível encontrar essa diversidade dentro de uma mesma sala de aula. Nesse sentido, a atuação do professor se transforma em uma tarefa que exige muitas vezes adaptação e elaboração de materiais didáticos.

Dulcineia Alves dos Santos
Título da palestra: Desmascarando os Falsos Cognatos Português-Italiano: estratégias de ensino e aprendizagem
Os falsos cognatos português-italiano representam verdadeiras armadilhas linguísticas durante o processo de aprendizagem por parte dos estudantes nativos de língua italiana. Quais estratégias de ensino/aprendizagem podem ser utilizadas para superar os obstáculos presentes nas enganosas semelhanças entre forma e significado contidos nos falsos cognatos e que facilmente induzem ao erro estudantes italófonos? Através uma abordagem contrastiva podemos individuar algumas estratégias que podem favorecer a apreensão do conteúdo semântico dos falsos cognatos, “desmascarando-os”, e sua utilização no contexto correto, evitando assim de dar origem a falsas interpretações.

Elaine Santos Reis
Título da palestra: Literatura e Interculturalidade: os culturemas de Essa gente no ensino de PLE
Esta comunicação propõe uma reflexão sobre o papel dos culturemas no processo de ensino-aprendizagem de Português como Língua Estrangeira (PLE), a partir da análise de elementos linguístico-culturais presentes no romance Essa gente (2019), de Chico Buarque. Partindo da concepção de que o domínio de uma língua estrangeira envolve não apenas aspectos formais e comunicativos, mas também competências interculturais, o trabalho apresenta uma seleção de culturemas expressivos do português brasileiro e suas respectivas traduções para o italiano, com o intuito de discutir como esses elementos refletem a identidade sociocultural brasileira e podem ser integrados às práticas pedagógicas. A análise considera tanto o valor simbólico e contextual dos culturemas quanto as estratégias tradutórias adotadas, evidenciando o potencial da literatura contemporânea como instrumento de sensibilização cultural e ampliação do repertório linguístico no ensino de PLE.
Quinta, 5 de junho divulgação dos vídeos
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Cleyde Soares Rocha
Título da palestra: Extensão Universitária e o Ensino de PLE: desafios e oportunidades
A extensão universitária corrobora para a formação de professores de Português como Língua Estrangeira (PLE), permitindo uma interação entre a academia e alguns projetos de extensção desenvolvidos pela instituição de ensino, dentre esses projetos poderíamos citar o Pré Pec G e os cursos de PLAc, voltados para alunos migrantes, refugiados e aqueles que buscam a oportunidade de cursar uma graduação no Brasil. Nesse contexto enfrentamos muitos desafios como a falta de uma matriz curricular, a escassez de recursos e a diversidade cultural, que podem dificultar a implementação eficiente desses projetos conforme afirma Figuiredo, 2018. Por outro lado, também temos oportunidades que surgem dessa interface, como aplicação de práticas inovadoras, desenvolvimento profissional de futuros educadores, participação em eventos, troca de experiências, saberes e aprendizados diversificados, o que contribui para uma colaboração do corpo discente nos projetos de extensão, conforme afirma Silva, 2020 que corrobora com Cunha, 2019.

Jeniffer Alessandra Supplizi
Título da palestra: Nossa Casa: português para refugiados, ano 7
Para este VI Congresso On-line de PLE - Grupo Sou Brasil pretendemos apresentar como o “Projeto Nossa Casa: Português para Refugiados” foi desenvolvido em seu ano 7 - em 2024. À medida que assume a excelência como meta a ser cumprida em relação aos seus objetivos institucionais de extensão, o projeto passa a ser reconhecido como referência na região metropolitana de São Paulo por ONGs de acolhimento humanitário, fóruns de estudos e pesquisas em língua portuguesa em contexto de PLE ou PLAc e pela mídia regional. Suas contribuições atravessam os desdobramentos de estímulo à transformação social através do direito linguístico, em direção a um aumento significativo na produção científica aos pesquisadores despertados por suas temáticas interdisciplinares. O “Nossa Casa” continua a transformar vidas que acolhem e são acolhidas. O tipo de pesquisa a ser considerada é a qualitativa por se tratar de contemplar estratégias que se combinam para a compreensão sobre o desenvolvimento do presente projeto de extensão na UFABC. A cada ano, a oferta de cursos de língua portuguesa gera dados sobre a quantidade de voluntários e estudantes atendidos sobre países de origem, gênero, idade, número de matrículas e certificações. Portanto, entre as técnicas de coleta e análise de dados podemos citar a análise documental e observação participante dos pesquisadores envolvidos, bem como lidamos com o estudo de caso que é a forma como compreendemos a aplicação da abordagem PLAc na UFABC, os resultados que geramos e os desdobramentos em estrutura organizacional, publicações e formações didático-pedagógicas ou de voluntariado.

Luciana Canonico Cruz
Título da palestra: A Importância dos Números em Português para a Comunicação
A apresentação tem o objetivo de trazer ideias para a prática dos números nas aulas de PLE, assim como discutir a importância desse tema nas aulas. Muitas vezes, não nos damos conta da importância dos números no aprendizado de português como língua estrangeira. Os números estão inseridos em diversas situações da vida real e em situações nas quais os alunos de português estarão inseridos.

Eliane Oliveira
Título da palestra: Língua Estrangeira ou Língua Adicional? Reflexões sobre Nomenclaturas no Campo da Linguística Aplicada
A forma como nomeamos as línguas que aprendemos além da língua materna abarca as concepções que temos sobre língua, ensino e sobre o sujeito aprendente. Diante disso, proponho aqui uma reflexão crítica sobre as diferentes nomenclaturas utilizadas no campo da Linguística Aplicada para se referir a línguas não maternas, com foco nas expressões "língua estrangeira" e "língua adicional". A partir de teóricos como Almeida Filho, Leffa, entre outros, e da análise de documentos curriculares, discuto os contextos de uso, as concepções de língua e de sujeito que essas denominações pressupõem, bem como suas implicações no ensino, na formulação de políticas linguísticas e na identidade dos aprendizes. Assumo o termo "língua adicional" como uma alternativa mais inclusiva e contextualizada, especialmente no cenário brasileiro, marcado pelo plurilinguismo e por realidades sociolinguísticas complexas. O estudo visa contribuir para uma compreensão mais crítica e situada do ensino de línguas em contextos multiculturais e multilíngues.
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